Wednesday, September 26, 2007

Catadores ligados ao MNCR - Movimento Nacional dos Catadores e Reciclavéis - reivindicam o direito de "Ir e Vir".
Organizados, os catadores, estacionaram suas carroças e estenderam a bandeira do MNCR ontem em frente a camara municpal para reivindicar o direito de continuar trabalhando no centro de São Paulo. A atual gestão do prefeito Gilberto Kassab estuda acabar com as cooperativas independentes obrigando os catadores a trabalhar nas administradas pela prefeitura, no bairro da Vila Maria, região oeste. São cerca de 20 mil catadores na cidade de São Paulo, 5 mil no centro.


Discursaram representantes de cooperativas independentes fundadas pelos próprios catadores. Além de reivindicar o direito de IR e VIR, os catadores de reciclaveis alegam que a lei municipal nº 14.146 - que proibe a circulação de carroças de tração animal nas avenidas, está sendo mal interpretada pela Guada Civil Metropolitana, que vem "apreendendo carroças de carroceiros, submetendo-os a vexames e constragimentos".


No interior do predio da Camara Municipal era possivel ouvir os manifestantes, inclusive no cabinete do vereador, Roberto Tripoli, um dos fundadores do PV - Partido Verde, muito conhecido por defender causas ambientais. O Vereador é o mentor da mesma lei que vem causando constrangimento aos catadores. ( fotos do cabinete do vereador Roberto Tripoli)


Atualmente no PSDB, ele disse desconhecer as agressões sofridas pelos catadores, e se dispos a comparecer na manifestação.





Falou ao microfone, num discurso "politicamente inflamado", que a responsabilidade as agressões são do subprefeito da Sé ,Andrea Matarazzo e da Guarda Civil Metropolitana.( desde de 11 de setembro o cargo de subprefeito passou para o ex- delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Mario Jordão Toledo Leme, que também já trabalhou como investigador do DOPS durante do regime militar).




Tripoli, defensor do meio ambiente, não demostrou conhecimento pela categoria responsável pela reciclagem de 1.230 toneladas de lixo por dia.





Com grito de protesto " O CATADOR ORGANIZADO JAMAIS SERÁ PISADO" os catadores seguiram em macha para prefeitura a afim de conversar com prefeito Gilberto Kassab.








Esbarraram na buracracia. A comissão foi impedida de entrar, sob a alegação de que não haviam agendado horário com a assesoria de impressa do prefeito.







" Na economia atual está tão dificil conseguir uma atividade, os catadores tem o direito sim de continuar trabalhando no centro de São Paulo", foi a opinião do jornalista Fernando Bassi, que passava em frente a prefeitura durante a manifestação.





Depois de quase uma hora de espera os catadores decidiram encerrar a manifestação.
































Wednesday, September 12, 2007

PROCURADOR GERAL EXCLUI COMISSÃO ESPECIAL DE INCLUSÃO SOCIAL NO MINISTÉRIO PÚBLICO.
"Hoje é um dia triste” foi assim que o Padre Julio Lancelot começou seu discurso durante o ato contra a revisão do Plano Diretor Estratégico na atual gestão da prefeitura de São Paulo. O padre Julio Lancelot se referiu à atitude do procurador geral do ministério público, Rodrigo César Ribeiro Pinho, que afastou, horas antes do ato, as promotoras Fernanda Leão de Almeida e Jaqueline Lorenzetti Martinelli além de extinguir a comissão especial de inclusão social do Ministério Público.

Cerca de duzentas pessoas compareceram ao ato, iniciado às 14s horas no auditório Prestes Maia e transferido, em seguida, para o salão nobre da Câmara Municipal, no oitavo andar do prédio.Discursaram a representantes de movimentos sociais, políticos e profissionais ligados a causa de inclusão social.
Chico Macena, vereador do PT, tratou como “higienista e consevadora” a gestão do prefeito Gilberto Kassab, alegando que as estratégias desenvolvidas no inicio lei para priorizar questões voltadas para o apoio a população de baixa renda, estariam sendo revistas sem a participação da sociedade. Segundo ele o prefeito Gilberto Kassab estaria acabando com zonas de moradia para beneficiar o mercado de empreendimentos imobiliário em alta devido ao atual aquecimento econômico no país. Chamado para discursar o representante da favela Jardim Edith, Geronimo, disse que as residências da sua comunidade estão sendo ameaçadas, o motivo é que elas estão próximas ao conjunto de prédios da emissora Rede Globo. Geromino foi exaustivamente aplaudido quando disse em seu discurso que “A favela sempre esteve ali, portanto e a Rede Globo que está perto da gente”.
A pedido do Padre Julio Lancelote, acontecerá uma manifestação em repudio a atitude do procurador geral em frente ao prédio do Ministério Publico na próxima segunda-feira às 14 hs.

Saturday, August 25, 2007

18º PASSEATA EM HOMENAGEM A RAUL SEIXAS

Em 1972 o até então desconhecido cantor baiano Raul Seixas saiu pelas ruas do centro da cidade do Rio de Janeiro munido de um violão, executando sua recém-criada canção “ouro tolo”. A idéia de Paulo Coelho, amigo do cantor na época, foi uma estratégia usada para divulgar o primeiro disco solo de sua carreira, o clássico: “Krig-há, bandolo”. Raul conseguiu arrastar uma multidão, a passeata virou noticia e a canção “ouro tolo” virou hit. A atitude de Raul levou alguns de seus fãs, da cidade de São Paulo a organizar uma caminhada pelas ruas do centro para homenagea-lo. Bancaram do próprio bolso os poucos panfletos para divulgar a passeata e o preço do aluguel do carro de som para guia-los do Teatro Municipal até a praça da Sé. A primeira passeata aconteceu no dia 21 agosto de 1990, um após a morte de Raul Seixas.
Ainda sem patrocínio e com pouca divulgação, sósias do cantor fantasiados de mago, admiradores, membros de fã-clubes uniram-se aos metaleiros e punks para ocupar na tarde da ultima terça-feira as escadarias do Teatro Municipal e fazer o mesmo trajeto pela décima oitava vez. Ambos estudantes,Aline Munhoz, 21, e seu irmão Orlando, vieram da cidade de Campinas participar da passeata pela quarta vez: “faltamos no trabalho para vir porque Raul merece”.
Cerca de 1.500 pessoas fizeram o percurso que teve inicio às 18hs e seguiu ocupando uma faixa do Viaduto do Chá - complicando o transito por alguns minutos na rua Libero Badaró, Largo São Francisco e rua Benjamim Constant – até a Praça da Sé, onde o carro de som estacionou e a multidão permaneceu nas escadarias da catedral até às 22hs. Uma enorme bandeira com o símbolo da “sociedade alternativa” que era levada pelos fãs, foi estendida nas portarias da catedral. Durante o percurso muitos vendedores ambulantes aproveitavam a ocasião para lucrar com a venda de bebidas alcoólicas. O segurança Nélio Santos, 35, carregava “A panela do Raul”, uma vasilha de metal, minunciosamente pintada contendo uma mistura de cerveja, vinho, cortezano, conhaque e vodka. “Essa bebida simboliza toda a arte de Raul Seixas”.
Esse ano “PASSEATA DO RAUL” entrou para o calendário cultural da prefeitura de São Paulo, que patrocinou o evento pela primeira com o custo do carro de som: “ isso representa uma conquista para nós que dedicamos parte de nossas vidas para homenagear o grande Raul”, comemora Henrique Seixas, um dos agitadores da passeata.

Sunday, August 19, 2007

CANSEI ( um fracasso)
Sexta-feira, 17, meio-dia na Sé, palco montado para o ato do CANSEI – movimento em defesa do direito cívico dos brasileiros, idealizado por um grupo de empresários paulistas e pela OAB de São Paulo. A sobrancelha caída nos rostos de Ivete Sangalo, Hebe Camargo, Fernando Scheller, Vanderéia, Paulo Vilhena, deixa claro que a expressão de seriedade e tristeza foi previamente ensaiada. Junto deles, e bem alinhados, estão mais adeptos do movimento. Quem comanda o microfone é um senhor de postura militar, bigodes grandes, voz firme e alinhada, e um português de conservador. Tendo o aparelho nas mãos, ele insiste quando pode que o CANSEI não está ligado a partidos políticos. Segurando a imagem de uma santa e representando a igreja católica o padre-cantor Antonio Maria faz criticas ao governo brasileiro no seu discurso e pede aos céus um milagre para salvar o Brasil da corrupção.
De frente para o palco pouco mais de 2 mil pessoas, segundo a policia militar . Usando um lenço na cabeça com um estampa da bandeira do Brasil, uma mulher segura um cartaz que diz: “Basta!”. Basta de quê? - “basta de roubalheira, de CPMF, de caos aéreo...”. Atrás do palco, na escadaria da Sé, a advogada Célia Marcondes, segura uma faixa com os dizeres: “Reforma política já!”. Que reforma?, - “Parlamentarismo”.

Às 13hs, um dos idealizadores do movimento, Luiz Flávio Borges D' Urso, presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (SP), pede um minuto de silêncio em respeito às vitimas do acidente aéreo da TAM. Terminado o silêncio agora é vez da apresentadora, Hebe Camargo, pedir para que todos dêem as mãos e cantem hino nacional, chamando a frente do palco o “tenor” Agnaldo Raiol. Fim do hino, D'urso, junto dos alinhados e das celebridades encerra o ato e branda ao microfone: "Viva o Brasil!”, o público responde: “Viva!” para em seguida gritar em uníssono: "FORA LULA!, FORA LULA!" .

Final do ato, a concentração agora é na saída do palco de onde as celebridades descem de uma rampa fazendo aceno para o público eufórico.
Ainda no meio praça um homem de cabelos grisalhos diz está decepcionado com os jovens estudantes: "só os senhores de idade esteve presentes, esperava umas 100 mil pessoas nesta praça". O estudante Thiago Bento, 20, veio só de São Bernardo do Campo participar da movimento: "convidei meus amigos, mas ninguém se interessou".

Ás 14hs a Praça da Sé já voltou ao seu movimento normal. Um palhaço vestindo as cores do Brasil vaga pelas escadarias da catedral da Sé, parece fazer parte da organização do movimento mas não faz palhaçada portanto não convence ninguém.

Thursday, August 02, 2007

A FEIRINHA DA SÉ
Praça da Sé, centro da capital paulista. Ali vem acontecendo um curioso comércio de objetos usados de procedência duvidosa. Exatamente no meio da praça, de frente para a imponente catedral, pouco mais de trinta pessoas aglomeram-se espontaneamente, andam em círculo, negociam a venda ou a troca de relógios, celulares, roupas e sapatos usados. Ao lado da “muvuca” os negociantes expõem seus produtos em lonas estendidas no chão. Uma ao lado do outra, formando assim um considerável corredor, em todas elas os objetos são cuidadosamente arrumados. Sentados no chão, os vendedores bebem cachaça e conversam muito um com outro. Um deles destaca-se dos demais, está bem vestido com roupas modernas, expõe na sua lona uma notável quantidade de camisetas pólo, que segundo o próprio disse, eram suas. O preço de cada uma: R$ 5,00, o restante das roupas ele diz conseguir em bazares beneficentes, as que lhe interessa ficam para o seu uso, as outras ele aproveita para lucrar com a venda.
Por R$ 3 e possivel comprar um par de tennis, visivelmente gastado. Além das roupas e sapatos usados, encontra-se a venda, sob as lonas: carregadores de celulares, pedaços de fio, controles remotos, calculadoras faltando botões, e até mesmo cadarços usados!
O produto mais procurado na feirinha é o celular. É possível encontrar vários modelos, desde os mais simples, até os mais sofisticados. Para a garantia do comprador alguns vendedores os testam na hora. O modelo mais procurado é o V3, da marca motorola, custa em média na feirinha R$ 150,00. Seu preço no mercado comum não sai por menos de R$ 450,00.
Os pedestres que passam na pela praça olham curiosos o comércio. Todos são obrigados a desviar do aglomerado de negociantes. O turista que deseja fotografar a catedral terá que se virar entre os vendedores, isso enquanto a curiosa feirinha permanecer ali.

Tuesday, June 12, 2007

11º PARADA DO ORGULHO GLBT DE SÃO PAULO

O sol sempre bilha intensamente em todas as Paradas Gays de São Paulo. Neste ano de 2007 além do seu brilho e do intenso azul do céu, durante toda a tarde de domingo o clima estava agradavelmente mais fresco para os dias de inverno na capital, assim os corpos semi-nus puderam desfilar ainda mais a vontade na avenida paulista.
Nesta 11º edição do evento o colorido não teve tanto destaque como nos anos anteriores. Isso porque o número de pessoas comuns, ou seja, fora dos padrões da sigla GLBT, ofuscou um pouco o brilho das fantasias.
800 policiais não foram suficientes para conter o grande número de roubos de celulares e maquinas digitais.
As duas avenidas utilizadas para o percurso dos 23 trios: paulista e consolação, não foram suficientes para as 3,5 milhões de pessoas presentes.

E a Parada do Orgulho Gay- definitivamente – se consolida como uns dos eventos mais importantes do Brasil. Além de ser - de longe a maior do mundo, neste ano ela teve patrocinadores de peso, como a Petrobras e o banco Caixa Econômica Federal. A Parada Gay já é também, o segundo maior evento turístico do estado de São Paulo, perdendo apenas para a Formula 1. Neste ano 300 mil turistas ocuparam 70% dos leitos disponíveis nos hotéis de São Paulo, gerando cerca 136 milhões de lucro para a prefeitura da cidade, por isso mesmo recebeu o intenso apoio do atual prefeito Gilberto Kassab, e dos Ministérios do Turismo, do Esporte e da Cultura e do próprio Governo Federal.

Outro dado que confirma a sua grandeza é que a Parada Gay, junto com a corrida de São Silvestre e o Reveillon são os únicos eventos autorizados a acontecer na av. Paulista.

São Paulo já se adaptou ao gosto do público gay.


O homossexual de hoje trabalha, cultua o corpo nas academias, se profissionaliza e se diverte nas inúmeras casas noturnas da metrópole.


Um terço da população de São Paulo quer agora participar do evento e aceitar as diferenças com alegria e humor.

Tuesday, May 15, 2007


BENTO XVI VISITA SÃO PAULO



São Paulo sofreu uma queda brusca de temperatura na última quarta-feira. Mas o frio não impediu que uma multidão de fieis e curiosos se aglomerassem em frente ao mosteiro de São Bento, ávidos pela aparição da visita mais ilustre do ano: O Papa Bento XVI.



Calorosamente o povo gritava em uníssono: “ô papa, cadê você, eu vim aqui só pra te ver”.


e da sacada blindada, Bento XVI aparecia e acenava



Teve gente que aproveitou a ocasião para protestar






Outras para faturar

Relógio do Papa: R$ 5



Lenço do Papa: R$ 3


Calendário do Papa: R$ 2



Tinha também cantores amadores


tentando animar o povo cantando: "jesus cristo, jesus cristo, eu estou aqui..."




Para total segurança da ilustre visita, a Policia do Exercito usava armas potentes

e um novíssimo e pesado uniforme





Havia também atiradores de elite



além de helicopteros, Soldados da PM’s, GMs, Policia Federal, Força tática...


Cerca de um milhão de fiéis compareceram à missa realizada na manha da sexta, 11, no campo de marte.


Onde o bom moço, Frei Galvão, foi canonizado se tornando o primeiro santo 100% brasileiro




Compareceram à missa pessoas um tanto excentricas













O palco: enorme e belíssimo





Na tarde do mesmo dia, Bento XVI se despediu de São Paulo desfilando no papa-movel pelas ruas do centro.

















Essa foi a primeira viagem de Bento XVI ao continente americano. Diante da sangria de fieis, o vaticano escolheu o Brasil justamente por ser o país com o maior número de católicos no mundo. Tratado como um astro pop pelo povo brasileiro, Bento XVI foi radical em seus discursos: ameaçou excomungar políticos que defendem o aborto, criticou os meios de comunicação que estimulam o sexo antes do casamento, condenou o divorcio, exigiu a castidade dos jovens católicos e tratou como "seitas" as outras religiões.